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quinta-feira, 20 de maio de 2010

A recuperação

Está a correr dentro da normalidade.

Os dias em que estive internada, estive muito bem, muito melhor que depois de ter a Nini. Passadas poucas horas já andava a pé, dei de mamar sentada (da Nini as primeiras vezes dei deitada) e tive muita fome. Passei o dia quase todo (até às 17:25) em trabalho de parto, sem comer nada, à hora de jantar estava faminta, mas apenas queriam que comesse uma sopa e uma fruta cozida, só que para além disso, ataquei o jantar do marido (e que bem me soube).

No dia seguinte de manhã tomei banho sozinha, acompanhei o primeiro banho da Beatriz e tirando algum cansaço e incómodo na zona dos pontos, andei muito bem.

O único senão foi o inchaço! Depois do parto fiquei com as pernas no dobro do tamanho. Até me metia aflição, mas segundo os entendidos, é normal. Já estão quase normais.

Fiquei internada mais um dia (3 noites) por causa da Beatriz, o pediatra não quis que viesse para casa antes das 72h por causa do índice de bilirrubina (icterícia neonatal) uma vez que tinha nascido um pouco antes do tempo. E assim, antes de ter alta repetiu o teste bilirrubina (11.9) e com a mesma picada fez também o teste do pezinho.

Segunda feira feira tive dores e tive que obrigar-me a repousar. A zona dos pontos a incomodar imenso. Terça melhorei um pouco, ontem fui tirá-los! O médico* diz que está tudo bem, apenas ainda um pouco de edema, a pomadinha para a cicatrização e a desinfectação diária e não tarda está tudo novo :)

Agora é começar aos poucos a fazer vida normal.

* Claro que fui à consulta acompanhada pelas minhas princesas e o meu principe grande. A menina Nini quis ver tudo! O pai ainda a conseguiu distrair um pouco enquanto o médico retirava os pontos mas ela queria mesmo ver o doi dói da mãe, e viu... e parece que não a impressionou.

terça-feira, 18 de maio de 2010

O parto

Depois da consulta do dia 12 ficou certo que o parto estaria eminente, ou seja, poderia entrar em trabalho de parto a qualquer momento, tinha tudo para que isso acontecesse. Para ser tudo mais calmo, decidimos marcar para o dia seguinte.

Dia 13 de Maio, pelas 9h da manhã, depois de deixarmos a Nini na escolinha, lá estávamos nós. A parteira (já nossa conhecida, fez o parto da Nini) já nos esperava e começa logo a preparar-me, soro, monitorização, medicação para o efeito e começa a espera. Entretanto parteira e pai vão arrumando as malas, roupa e kit a postos para a hora h.

É dia de visita papal, ligamos a tv. As contracções começam, mas ainda indolores, só uma moínha. Liga o obstetra, a parteira põe-no a par, daqui a pouco está a caminho. Começam os temidos e dolorosos toques (nem me quero lembrar!), a dilatação vai-se fazendo mas a bebé ainda está alta, e a parteira começa a utilizar a sua habilidade a puxa-la para encaixar. Indescritível...

Às 12.00 chega o anestesista, um espanhol muito bem disposto e simpático. Cateter colocado e uma pequena dose para testar... que bom! As horas seguintes foram calmas, quase adormeci... só não o fiz porque a restante trupe se divertia entre anedotas contadas pelo obstetra, e comentários às revistas cor de rosa, que entretanto o pai foi comprar e todos liam.

Ao início da tarde o obstetra sai um pouco, o anestesista vai para uma cesariana (mas deixa um "bónus" preparado para a parteira colocar quando fosse necessário), ficamos os 3, a parteira recomeça as tentativas de acelerar o processo, é preciso a pequenita encaixar e ela não (me) poupa esforços. Acaba por me rebentar as águas numa dessas tentativas. Aí as contracções aumentam, assim como a dor. Dá-me uma injecção, coloca a algalia, manda-me virar ora de barriga para cima, ora de lado. Não me dá logo o bónus, primeiro temos que ver se ficam regulares... e ficam, regulares e dolorosas, passam uns minutos das 16h. A certa altura começo a dizer que as contracções são maiores e diferentes, mas o monitor não mostra isso, volto a avisar. A parteira verifica localmente (durante o toque) e confirma, sai para ligar ao médico, 8 cm de dilatação. Mal entra digo-lhe logo: veja agora. Volta a ligar ao médico: "Venha já!" E para mim, diz: "Mesmo com muita vontade, não faça força!" Pois... é que ao contrário da Nini, senti mesmo a tal vontade, quase incontrolável de fazer força. Abrem-se as portas, chamam-se as enfermeiras e vamos para a sala de partos, uns metros à frente. Já lá estão obstetra, anestesista, pediatra e várias enfermeiras.

O pai ao meu lado, de máquina em punho, prepara-se para o grande momento. Enquanto eles me preparam, o médico avisa que tem que ser JÁ. Recebo autorização para puxar. Ouço o médico a pedir a ventosa (que me explicou mais tarde ter usado para ser mais rápido porque a Beatriz estava com bradicardia), pede-me para puxar novamente, faz episiotomia e vai-me motivando dizendo que estava a portar-me mesmo bem e estava mesmo quase... uns 4 ou 5 puxões depois... nasce a nossa bebé, uma sensação de alivio impossível de descrever, coloca-a em cima da minha barriga enquanto lhe fazem os primeiros procedimentos, ela chora, toco-lhe e emociono-me. A enfermeira diz que já a traz e leva-a ao pediatra.

Fico ali, a ser mimada pelo obstetra, parteira e anestesista, enquanto no outro lado da sala o pediatra e as enfermeiras tratam da nossa menina. O papá babado tira fotos e tem um sorriso de orelha a orelha.

Aqueles minutos, uma meia hora demoram eternidades, até a trazerem de volta. E voltamos juntinhas com o papá o lado para o quarto! E nessa altura só queria que a Nini chegasse!

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Últimos preparativos IV

Sofá da sala a secar. Ontem veio cá uma empresa especialista em limpeza de sofás, a ver se o salvamos depois das investidas do Sr Fofinho.

Mentalização da Nini. Expliquei-lhe mais ou menos como se passariam as coisas quando fosse ter a Beatriz. Falamos de vários cenários possíveis de forma a que não se assuste caso seja de repente. Falei até no caso de acontecer durante a noite, que se assim fosse que não se preocupasse que estaria cá alguém (os avós) quando ela acordasse. Ficou pensativa e depois disse: "Mamã, mas tu acorda-me. Eu sei que não posso ir, mas acorda-me, senão fico muito preocupada contigo!".

36+4

Estado: Ansiosa

Consulta ao final da tarde

Suspeito de perda do rolhão mucoso

Durmo agitada, sonho muito, acordo com ela aos pontapés.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Últimos preparativos III

Mala da Mãe:

3 camisas de dormir
1 pijama
1 robe (não vou usar quase de certeza)
Cuecas descartáveis
Soutiens de amamentação
Chinelos
Bolsa wc
Discos amamentação
Bicos de silicone (da Nini não precisei)
Kit Bioteca
(Manta e fraldas da Beatriz)

A colocar no dia:
Máquina fotográfica e carregador
Roupa para saída
Presente para a Beatriz dar à Nini

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Últimos preparativos I



Mala da Beatriz:

3 mudas de roupa completas
Roupa interior extra
Babygrows extra
1 biberão
2 chupetas (uma silicone outra de borracha)
Escova cabelo
toalhitas
creme rabinho
Fraldas de pano
1 babete
(manta e fraldas descartáveis vão na mala da mãe)

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Consulta às 35 semanas

Uma consulta CHEIA!

Começamos com o CTG:



Ora pois, registo de contracções e com alguma intensidade. Aumentar a dose de magnésio, vidinha calma, nada de esforços ... tentar aguentar pelo menos mais uma semana!

Colo do útero interno fechado, mas pelos vistos externamente aberto (não percebi muito bem esta parte). Fez colheita para exsusado vaginal e rectal. Aumento de peso, em 2 semanas, 0,6 kg (14 kg no total). Esteve a analisar o resultado das análises e está tudo muito bem.

Fez ecografia e estimou o peso da Beatriz de 2770g, diz que está óptima, que nascendo daqui a 1 ou 2 semanas já ultrapassou os 3 kg.

Vou deixar de ir à(s) consulta(s) no hospital privado onde era seguida, vou passar para o consultório dele, para evitar chatices e constrangimentos, entre ele e a administração do hospital, por eu não querer o parto lá mas sim onde nasceu a Nini.

Se as contracções começarem a ser dolorosas, se tiver qualquer indicio de trabalho de parto, ligar-lhe imediatamente, caso contrário, consulta na próxima 2.ª feira para nova avaliação.

Estas minhas meninas são mesmo apressadinhas, já com a irmã o cenário foi semelhante, às 36 semanas comecei a fazer dilatação embora não tivesse contracções, acabou por nascer às 37, vamos lá ver como se porta a Beatriz.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Epidural

Conhecem casos semelhantes ao meu, em que a epidural não "pegou"?

O obstetra diz que algum efeito, ainda que reduzido, deve ter feito, aliviou ligeiramente as dores na zona lombar mas nada na zona pélvica, senti todas as contracções com muita intensidade.

Na altura o anestesista não arranjou grande explicação, ficou até bastante indignado e até chateado com isso (mais que eu que acabei por me resignar).

Era minha intenção num segundo parto conversar com o anestesista a respeito (mas ele entretanto faleceu...) para ver se daria para "corrigir" qualquer coisa.

Suspeito que vou passar pelo mesmo no parto da Beatriz, será?

terça-feira, 20 de abril de 2010

Consulta

A mamã está bem (tirando as dores lombares), tensões muito bem, aumentei 1,5 kg (13,4kg no total), o colo do útero está fechado embora amolecido.

A Beatriz está muito bem, cefálica e bem grandinha.

Ainda não fiz CTG, o médico não achou necessário, na próxima consulta (já daqui a 2 semanas) lá terá que ser.

Quanto ao parto tudo leva a crer que será no final de Maio, no local que eu quero (onde nasceu a Nini), só precisamos de tratar de umas questões, chamemos-lhes burocráticas, por não ser no local onde estou a ser seguida.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Chegou o Kit



Já temos o Kit da Bioteca para a criopreservação das células estaminais da Beatriz (tal como fizemos para a Inês). Vai já para a mala da mamã.

Optamos pela mesma empresa já que tudo correu muito bem da primeira vez.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Sobre o parto (da Nini)

Tento ainda não pensar muito nisso, mas com o tempo a passar torna-se inevitável. Recordo o primeiro, as coisas boas e as más. Os meus únicos "pedidos" são que seja normal e que seja, pelo menos, como o da irmã.

O parto da Nini não se pode dizer que tenha sido fácil mas não me traumatizou nem fiquei sem vontade de ter mais filhos.

Comecei a fazer dilatação às 35 semanas, vim para casa, de repouso, quase com 36. Entretanto não sentia mais nada, não me sentia cansada (como já sinto agora), não tinha qualquer dor, não tinha contracções. O rolhão mucoso saiu naturalmente às 36. Na consulta às 37 semanas o obstetra disse-me que ia estar ausente (de férias) na semana seguinte, perguntou-me o que queria fazer, esperar mais uma semana (correndo risco de entrar em trabalho de parto na ausência dele, que parecia ser o mais provável, colo do útero mole e dilatado) ou induzíamos o parto. Optei pela 2ª hipótese.

Às 37 semanas e 4 dias entro na Casa de Saúde às 14h para a indução do parto da Nini. Tudo vai correndo, lentamente, as contracções começam e levo epidural. Perdi noção do tempo, ele ia passando sem que eu percebesse se ainda era dia, se já era noite. Quando preciso de 2ª dose de epidural, lá vem o anestesista e nada. As dores continuam. Nova dose, tudo igual. Decide retirar o cateter e recolocá-lo, novamente aquele aparato que vocês conhecem, mas nem assim. E o pai branco, quase a desfalecer. A epidural simplesmente deixou de fazer efeito, as contracções cada vez mais fortes. A dilatação vai-se fazendo mas muito lentamente. As dores continuam, a tortura dos toques da parteira (por incrível que pareça os do médico doíam menos). Não me lembro do que fiz durante tanto tempo, acho que não comi nem bebi. Tive sempre o marido comigo, obstetra, parteira e anestesista também quase sempre no quarto, mas eu nem dava por eles (avós e tios começaram também a aparecer, mas nessa altura apetece tudo menos visitas). Pelas 22h e pouco novo toque dele, ainda não está, ainda vai demorar umas horas, se calhar já vai ser amanhã. Nem passados 5 minutos vem a parteira para fazer também, eu tento escapar, digo que o médico acabou de fazer, mas ela insiste. Faz uma cara! E sai a correr atrás dele. Vêm todos. Vamos lá, está na hora. Sala de partos, eu a postos, eles a prepararem tudo. O anestesista que não se calava a tentar dar explicações da epidural não ter resultado. O pai ao meu lado. Chegou a hora (foto na sala de partos segundos antes do processo de expulsão 22:40), começar a fazer força, e lá começo eu, agarrada a uma mão, de olhos fechados, em breves instantes que os abro, não reconheço a mão, peluda, mas não quero saber, agarro com ainda mais força (era do anestesista, que me deu a mão e ao mesmo tempo me empurrava a barriga). Sinto a episiotomia, mas não doí, aliás durante a expulsão não me lembro de qualquer dor, acho que a adrenalina me anestesiou. A Nini nasce! (1ª foto, acabada de nascer, 22:45), chora, olhamos para ela e também choramos (bem, eu chorei de alegria, o pai tentou disfarçar!) mas nem me lembro bem dos pormenores, é tanta coisa a acontecer, tudo tão intenso. Levam-na para um canto da sala, onde está o pediatra. Ele e a enfermeira tratam dela enquanto o obstetra trata de mim. Aqui o tempo passa devagar, não deixo de olhar para ela, à distância. O pai anda de um lado para o outro, entre mim e ela. Voltamos os 3 juntos para o quarto, ela deitada ao meu lado!

Não dormi essa noite, o pai aterrou na cama ao lado, eu fiquei a olhar para ela em pura contemplação, foi tudo tão intenso e, mesmo no limite do cansaço, não adormecia. Já não tinha dormido a noite anterior com a ansiedade.

Seguiram-se dois dias de visitas ininterruptas. Muito cansativo para mim e para ela, mas isso dava outro post.