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quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Pode sempre ser pior...

Melhor do que o marido estar para fora e ficar sozinha com as duas é ter uma inundação num desses dias. Claro que tinha de acontecer estando eu sozinha, se tivesse ajuda não seria a mesma coisa.

Melhor ainda é a inundação acontecer ao ligar a máquina de lavar roupa (e ter imensa por lavar e não poder).

Mas melhor ainda é isto acontecer depois de jantar. A cozinha por arrumar, as duas por deitar e a lavandaria e cozinha parecem um rio. Tudo molhado e ter as duas a olhar para mim quando já deviam estar na cama. Eu, de cócoras entre panos e toalhas, a tentar evitar que a água chegue ao chão de madeira. Só me apetecia fugir. Ignorar e ir-me deitar.

Mas piora, claro que a água não podia ser limpa. Era fácil demais. Água suja e mal cheirosa.

Quando finalmente consegui enxugar toda a água, lavar tudo e arrumar tudo já passa da meia noite e elas continuam acordadas. E as dores nas costas (o meu ponto fraco)? 

Mas ainda fica melhor. Hoje ter de pagar um balúrdio por 40 minutos de serviço de desentupimento foi a cereja no topo do bolo. E as dores de costas continuam por cá como recordação...


quinta-feira, 31 de julho de 2014

Só depois do café, está bem?

Eu tenho mau acordar. Confesso. Mau feitio, muita sonolência, detesto ter de falar, detesto ter de pensar. O ideal é conseguir tomar banho, vestir-me, tomar o pequeno almoço e só depois começar o dia. Nunca acontece.

Tenho uma filha que é o oposto (sai mesmo ao paizinho dela). Acorda cedo, acorda cheia de energia, acorda a querer fazer logo tudo. Acorda e acorda-me. À bruta. A falar muito alto, a abanar-me, a pedir tudo e mais alguma coisa. Eu sinto-me a andar à roda. Literalmente. Até fico tonta.

Quando consigo arrastar-me da cama já tive de responder a mais de uma dezena de perguntas (já disse que odeio falar ao acordar?), já me abriu o estore, já me saltou em cima, já foi buscar a quantidade anormal de brinquedos com que anda sempre atrás e já os tenho espalhados pela minha cama.

Acabo de me levantar. Quer vestir-se. Não, afinal muda de ideias, tem fome. Vou para a cozinha. Não, decide que prefere vestir-se primeiro. Arrasto-me para a casa de banho com ela (e os mil e um brinquedos, que espalha por todo o lado). Lavo-a. Tento vesti-la. Guincha. Sim, a minha filha guincha muito. "Não quero vestir isso!"- diz, a guinchar. Não me perguntem como é isto de falar a guinchar. Só ouvindo. É irritante, entra-me pela cabeça dentro, fica a latejar. Como o dia não exigia dress code, cedi. Vai escolher a roupa. Não me deixa ajudar a vestir (porque a educadora disse - e muito bem - que tem de se vestir sozinha e o que ela diz é lei. Que pena que o que eu digo não seja). Mas também não me deixa afastar. Volta a guinchar que quer o calçado. Não vou buscar antes de pedir com modos e se faz favor. Demora a acontecer mas acontece (depois de vários guinchos e aquele choramingar chato, chato).

Fase do pequeno almoço. Vamos para a cozinha, eu, ela e os brinquedos todos. Digo-lhe que vou fazer nestum. Responde que sim. Depois de pronto ponho na mesa. Guincha: "Não quero! Quero leite e torradas!". Respiro fundo, conto até dez, reviro os olhos: "Não pode ser. O nestum já está pronto. Se querias outra coisa tinhas de dizer antes." Guincha "Então não como!". Tento ignorar e sair de cena. Não deixa, chora. Se me aproximo para lhe dar o nestum, sobe o volume e guincha mais alto. Se me afasto, sobe o volume e guincha mais alto. Mantenho a distância de segurança. Repito que tem de comer o que está pronto (e a ficar frio, e a engrossar, e a ficar horrível). Chora. Demora, desgasta, lá cede. Mas tenho de lhe dar....

Se esta filha fosse a primeira filha suspeito que era filha única.

Acorda a irmã. Parecida com a mãe. Arrasta-se da cama para o sofá. Já sei que tenho de lhe dar tempo para acordar. Mas a irmã não sabe. E começa a confusão. Disputam o comando da tv, disputam os brinquedos, disputam a minha atenção. Começam os gritos, os choros, as queixinhas, as lamurias.

Socorro! São só 9 da manhã! E ainda nem tomei café!

terça-feira, 1 de julho de 2014

Época balnear em Julho?

Acho melhor as escolas reverem isto e começarem a marcar a tão esperada praia quando bem lhes apetecer e a não esperar pelo "Verão".

Afinal, a probabilidade de o tempo estar bom deve ser praticamente a mesma.


sábado, 24 de maio de 2014

Mãe à beira de um ataque de nervos

Sozinha com elas há vários dias. 

Elas no seu melhor, sempre a discutir uma com a outra. Beatriz a acordar todas as noites mais do que uma vez, a fazer birrinhas constantemente, a desafiar cada coisa que lhe peço para fazer. Nada é fácil, vestir é uma luta, comer é uma batalha, dormir uma guerra. Inês com a teimosia e desobediência no limite máximo. Nunca faz nada à primeira, nem à segunda, nem à terceira... 

Não consigo estar 5 minutos sem que uma delas me chame/faça queixas da outra/me peça alguma coisa. Enquanto escrevo isto já me chamaram umas vinte vezes. É melhor ir... vamos apanhar ar a ver se a coisa melhora. Já fomos de manhã e não resultou mas pode ser que agora resulte. O tempo não ajuda, até está sol mas um vento que não se aguenta.

Pronto, já pediram desculpa e me abraçaram. Já estão calmas... a paz deve durar uns 2 ou 3 minutos.... Fui!



sexta-feira, 23 de maio de 2014

Uma hora quanto vale?!

Uma hora sozinha rende uma hora.
Uma hora com a Beatriz rende uns 10/15 minutos.

Eu explico.

Chego a casa ao fim da tarde com a Beatriz (a Inês saía mais tarde nesse dia), era preciso fazer a minha cama de lavado. A Beatriz vai para o quarto brincar com qualquer coisa e eu aproveito para tirar a roupa suja da cama. A Beatriz chama, tem fome. Dou-lhe umas bolachas. Vou pôr os lençois sujos na lavandaria e buscar uns lavados. A Beatriz chama. Quer ver o Mickey. Lá vou ao guia tv procurar o Mickey (lá o descobri no Disney Junior) e fica a ver, não sem antes querer que eu também visse um bocadinho com ela. Coloco os lençois lavados na cama (que demora porque é capa de edredon, é muito pratico no uso mas uma seca para colocar) e a colcha dobrada ao fundo da mesma. A Beatriz chama, tem fome. Dou-lhe uma tangerina. Vou buscar as almofadas e as fronhas. A Beatriz chama, fez cocó e precisa de ajuda para se limpar. Coloco as almofadas na fronha. A Beatriz aparece, a tangerina acabou, quer outra. Finalmente coloco as almofadas na cama. Ufa! Uma hora. Uma cama, uma hora! 

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Bolas, pá!

E, quando temos um casamento daqui a 3 dias, nos ligam da lavandaria a pedir para lá passarmos porque houve um problema com o vestido que iríamos usar?

Que lindo! Fantástico! Melhor não podia correr.

(Derreteram na limpeza a seco todas as pedras tipo espelho que o vestido tinha nas alças e na base. Mas a culpa não é delas, a culpa é da marca, seguiram as instruções da etiqueta, bla bla bla!)

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Eu seria bem mais feliz se a minha filha não tivesse TPC

E ela também.
E não seriam tão desgastantes os finais de dia.
E não passaríamos as poucas horas que estamos juntas durante a semana, chateadas uma com a outra.

Ela chega cansada e com zero de vontade de se sentar a fazer os trabalhos. Tira casaco e sapatos, faz um segundo lanche, vai à casa de banho, brinca com a irmã, tudo menos sentar-se e despachar os ditos. Eu começo a lembrar de 5 em 5 minutos: "Inês, vai fazer os tpc's!" ela responde sempre o mesmo "Já vou!".

O tempo vai passando. Lá começa a fazer. Interrompe uma dezena de vezes. Tem sempre dúvidas (na verdade tem é preguiça e quer que a ajude para acelerar a coisa). A mais nova não ajuda. Chama por ela, mete-se com ela, mexe nas coisas dela, discutem. Quando estou a explicar-lhe qualquer coisa (esta semana com a subtracção - usando o algoritmo, sendo matéria nova, tem precisado de alguma ajuda) a Beatriz está constantemente a chamar por mim, ou quer dizer qualquer coisa, ou quer água, ou quer ir à casa de banho...

Chega a hora do banho e os tpc ainda não terminaram. Preciso de fazer o jantar e ainda nem tomaram banho... porque os tpc ainda não terminaram. Começo a passar-me a perguntar de 5 em 5 minutos "Ainda falta muito?" e a resposta é sempre a mesma "Está quase!". Passados 15 ou 20 minutos a resposta continua a mesma "Está quase!". A paciência esgota-se. Ralho com ela, que é sempre a mesma coisa, que não se despacha, que só brinca e nunca mais acaba. Ela chora, diz que não a ajudo. E andamos nisto. Ela quer ajuda (que não precisa), a mais pequena não me deixa estar junto da irmã sem exigir atenção, os banhos por tomar, o jantar por fazer. Lá tento distrair a Beatriz e conseguir ajudar no que falta. Mas depois lá estou eu a explicar-lhe e ela a olhar para o tecto, ou para o que a irmã está a fazer, ou para o mosquito que passa! Ameaço arrumar-lhe os livros e ir com os tpc por fazer. Ela chora e diz que não pode ser. 

Termina sempre os tpc depois de muita luta. Quase não brinca. Todos os dias desgastamos mais um bocadinho da nossa relação.

Eu sei que parte é culpa dela, do seu feitio. Todos os dias lhe peço para se concentrar e fazer tudo seguido sem se distrair para ter tempo de brincar. Há dias em que ela consegue mas na maior parte deles já vem cansada de mais para isso. 

Também sei que a culpa é minha. Devia ser menos permissiva e arrumar-lhe mesmo os livros ao fim de algum tempo. Já o fiz. Mas sei que para ela isso é o fim do mundo e vai chorar até se deitar.

Os tpc serão assim tão importantes? O professor acha que sim. Eu tenho as minhas dúvidas...

Eu sabia que este dia chegaria...

Hoje dormi 6 horas e 40 minutos seguidas, sem qualquer interrupção.

Ainda nem estou em mim!

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Que susto, pá!

Contextualizando: fim de dia, pai fora, a acabar de arrumar a cozinha, com pressa para as ir deitar.

Quando estou quase a terminar, ouço a mais a nova chamar, o som é abafado: "Mamã, anda cá. Não consigo sair".

Estava no escritório. A porta não abre. Pergunto-lhe o que se passa. "Fechei a porta à chave". Ó Céus! "Tenta rodar a chave, Beatriz", "Não consigo" , a choramingar. Noto-a a ficar nervosa e a afastar-se da porta. A irmã entra em modo histerismo, fala mais alto que eu, uma grande confusão, ninguém se ouve. Tive de acalmar a mais velha e não a deixar falar. Experimentei outras chaves. Nada. Estudei a possibilidade de sair sem ser pela porta. Impossível. Comecei a ficar sem opções. Deitar abaixo a porta (tipo à filme) fora de hipóteses, nunca teria força para isso. A miúda sempre a pedir para abrir a porta. A choramingar. O medo a crescer.

Dou um estalo mental a mim mesma. Não pode ser, calma lá. Isto resolve-se. A única solução é ser ela abrir a porta.

"Beatriz, chega aqui perto da porta. Tem calma. Vamos abrir a porta as duas. Está bem?"
"Não consigo"
"Consegues! Roda lá a chave como fizeste para fechar"
"Eu não sei. Para que lado é?"
"Faz para qualquer lado e vamos ver"
Roda a chave e nada. "Não consigo. Eu não sei" E chora.
"Tenta outra vez, tens de fazer força. Tem calma e tenta. Vais ver que dá"
Volta a tentar e ouve-se um clique. Puxo a maçaneta. Nada. Foi no sentido contrário. "Boa, filha! Tens de fazer o mesmo mas roda a chave para o outro lado. Faz força para rodar"
Ela roda e roda. E chora nos entretantos, diz que não consegue e afasta-se da porta. Chamo-a e tenho de a acalmar, via fechadura, várias vezes. "Espreita aqui, vês a mãe? Não vou sair daqui. Vamos lá tentar!"
Mais umas quantas tentativas... abriu!

Ufa! A porta abre e ela atira-se para o meu colo. Coração a miil e olhos vermelhos. Super assustada. A irmã ou se ri histérica ou faz uma cara de pesar, Ó Bia!

Foi uma lição para todos! A Inês tirou todas as chaves das portas (já poucas tinham, só as que nunca se fecham mesmo, como a do escritório em que a porta está sempre aberta). A Beatriz prometeu nunca mais brincar com chaves, Eu, depois de as pernas pararem de tremer, pensei que ainda acabamos por ter sorte. A Inês já fazia filmes de chamar bombeiros e polícia!

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Entre dias bons, outros menos bons, algumas viroses e maleitas do género, cá vamos levando. Esta semana com sol ajuda a arrebitar os ânimos.

A mais velha tem mau acordar mas acaba por sair de casa bem disposta (depois de algumas birrinhas para tomar o pequeno almoço, para vestir o casaco, para se mexer basicamente). As aulas já correm a todo o gás e já houve dias em que tive de me chatear por causa dos tpc (distrai-se com tudo!).

A mais nova continua a adaptação à escola. Depois de uma primeira semana com muitos nervos (dela e meus, ela nem dormia bem, agitada, sempre a acordar) e muito choro, seguiu-se uma segunda semana tranquila, já ficava bem, sem chorar e só chorava um pouco na hora da sesta, voltava a chamar pela "mamãzinha". Pois que a terceira semana e esta quarta que já vai a meio, tem sido um mix, chora para ficar, chora muito, agarra-se a mim, grita que quer a mamã e tenho de sair com ela assim, mas depois acalma-se, fica bem, come bem e passa bem o dia. 

Eu, estou farta de estar com tosse. Estive constipada, fiquei com dores de garganta, fiquei sem voz (exactamente no dia em que comemorei 10 anos de casada), agora veio a tosse. Até me doem os abdominais de tanto esforço (será que conta como exercíco físico?).

O marido teve um presente fantástico no nosso aniversário, a mulher bem caladinha :) Levou-me a jantar a um sítio top, foi muito bom. Ele bem queria fazer surpresa mas eu topei-o logo!

O gato está um chato! 

terça-feira, 17 de setembro de 2013

E ao segundo dia...


Chorou baba e ranho para ficar.
Eu sei, é normal.
Eu sei, vai passar.
Eu sei, ela depois fica bem.
Mas custa para o caraças!

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Birras, contas, compras... enfim.

Podia falar das imensas birras que a Beatriz faz durante um dia. Birra para tudo que possam imaginar. Birra para vestir, birra para comer, birra para calçar, birra para dormir, birra, birra, birra. Ela chora, grita, atira-se para o chão, tudo a que tem direito. Eu desespero, nem sei por onde lhe pegar. Eu visto-a, ela aparece-me despida, eu calço-a, ela descalça-se, dou-lhe de comer, ela suja-se toda e tudo à volta (porque faz birra e vira a cara e esbraceja e vai tudo pelos ares). Faço tudo a duplicar, triplicar, às vezes consegue quadruplicar-me o trabalho por causa da... birra, claro.

Podia falar de uma ida ao shopping com as duas, para revelar fotos. Podia dizer que saí de lá completamente exausta. Birras, birras, birras. Para fazer um corredor ter de parar umas dez vezes, ter de negociar umas vinte e acabar por ter que a levar arrastada.

Podia dizer que o postal de Natal ficou um fiasco. Tanta tentativa e parece que escolhi a foto mais desfocada. Mas já não tenho tempo (nem vontade) de estar com mais sessões de fotos. Elas este ano não colaboraram, não pararam quietas, não obedeceram, não quiseram saber. Vai mesmo assim.

Podia dizer que a Inês já não acredita mesmo no Pai Natal. Pronto, acabou-se. Já não dá. Perguntas concretas merecem respostas concretas e verdades. Não consegui mentir-lhe.

Mas vou só queixar-me da conta da água deste mês. Duzentos e três euros? WTF?

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Aquelas noites

Nestes últimos tempos temos tido daquelas noites que fazem com que os tempos pré-maternidade pareçam o paraíso.

Tem sido raro não acordarem de noite. Sim, as duas.
Tem sido raro não haver um xixi na cama a meio da noite, sendo a única solução vir para a nossa.
Tem sido raro não haver uma tosse, uma febre, qualquer maleita que faça com que acordem.... e venham ter connosco.
Tem sido raro deitar a dois e não acordar a quatro.
Tem sido raro lembrar-me de manhã de toda a loucura (no mau sentido) que tem sido a noite, até fico baralhada.
Tem sido raro não ter que dar banho (ou quase) e mudar de pijama a uma delas de madrugada. Hoje fui eu e a mais nova. Vomitou.
Tem sido raro conseguir manter a boa disposição. Mas tento, ok?

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Uma simples ida à natação

Chegamos. Preciso de conversar com a senhora da recepção. 
Beatriz: Quero colo!
Eu: Já vai.
Vou a meio da primeira frase.
Beatriz: QUERO COLO! 
Tenho que pegar nela para evitar um escândalo.
Entramos no balneário. 40 graus à sombra! Não se aguenta.
Eu: Inês despe-te. Beatriz, não fujas!
Inês faz tudo menos despir-se. Beatriz faz tudo menos estar quieta.
Finalmente Inês equipada e Beatriz ainda debaixo de olho. Pego na mais nova ao colo (para não escorregar no molhado) e levo a mais velha até à entrada para a piscina. 
Beatriz: Chão!
Eu: Não, está molhado.
Beatriz: A Nini 'tá no chão.
Eu: A Nini está de chinelos e vai para a piscina.
Beatriz: TAMBÉM QUERO CHINELOS!
Eu bufo! Continuamos à espera da monitora.
Beatriz: Chão!
Eu: Não!
Beatriz: CHÃO!
Eu: Não!
Finalmente chega a monitora. Mais velha entregue por 40 minutos. Missão: entreter a mais nova durante esse tempo.
Vamos até ao bar da piscina. Lanchamos. Levanta-se uma dúzia de vezes, circula pelo bar mas já nem quero saber. Estou por tudo. Fala alto. Mando falar mais baixo vezes sem conta. Respiro fundo quando olho para o relógio e já passaram 35 minutos. Voltamos ao balneário.
Preparo a roupa, pego na toalha e no champô. Espero que a mais velha saia da piscina (novamente com a mais nova ao colo).
A Inês aparece. Esperamos por vaga no chuveiro. A Beatriz não pára quieta e espreita todos os chuveiros.
Há vaga. Dou instruções à Beatriz para se manter atrás de mim enquanto ajudo a Inês a ensaboar-se e esfregar o cabelo. Olho para trás, nada de Beatriz. Atiro com o champô para o chão e desato a correr pelo balneário. Não a vejo à primeira nem à segunda, começa a crescer aquele pânico. Ninguém reage. Nenhum adulto ou criança me ajuda, me diz onde ela está ou mostra qualquer preocupação (juro que não entendo!). Finalmente vejo-a encostada a uma parede, já ao fundo do balneário, a observar uns miúdos. Pego-lhe pelo braço. Volto a repetir que não pode sair da minha beira. Bla bla bla.
Volto ao chuveiro. Passo a toalha à Inês. Voltamos para vestir. Ela parece uma ventoínha, olha em todas as direcções, foca-se em tudo menos no processo de vestir e calçar.
Eu bufo! EU VISTO-TE!
Passamos à secagem do cabelo. Naqueles secadores maravilha que nada secam e o cabelo da Inês não é fino nem curto. Nisto a Beatriz volta a fugir. Corro atrás dela e já não a vejo. Grito o nome dela. Não responde. Espreito para todo o lado e nada de Beatriz. Volta a apoderar-se de mim aquela sensação horrível de pânico. 
De repente ouço-a rir-se e uma porta de um cacifo abre-se. Sai de lá triunfante e sorridente. 
Quase desfaleci.
Ainda tive que lutar para lhes vestir os casacos e fazer entrar no carro.
E em casa, já perto das 20h ainda me esperava o jantar por fazer. E o banho da Beatriz.
Quando eu me vir na cama...

Vai ser assim duas vezes por semana. Será que sobrevivo?

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Brrrr!

O frio está mesmo a chegar. Nem imaginam a tristeza que sinto com esta constatação. Odeio. E não percebo como pode haver quem goste. Como o meu querido marido, por exemplo, que diz que até sabe bem. Sabe bem?! A mim sabe-me bem o calor, as roupas frescas, a brisa quente, a água do mar, o sol a queimar a pele, a areia quente, o chinelo no pé, o bikini no corpo, as bebidas frescas, os dias enormes, o cheiro do protector solar... Já parece tudo tão distante.

O frio entorpece-me. Demoro a sair da cama, demoro a sair do banho, demoro a fazer tudo, funciono em câmara lenta. Detesto ter sempre as mãos e os pés frios. Depois detesto de ter que vestir muita roupa, detesto roupa grossa, não gosto de casacos, não gosto de todas as tralhas do inverno - gorros, cachecóis, luvas, guarda-chuvas. 

Mas vou ter que me render. Que remédio. A roupa de inverno já está a uso. A manta já está no sofá. O chá apetece cada vez mais (embora eu beba chá durante todo o ano). Mas tenho andado com medo do frio, eu que sempre fui calorenta. Acho que com a idade isto piora...


304/366

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Eu não queria mesmo nada

Mas tenho mesmo que trocar a roupa de verão pela de inverno.

As miúdas também não querem mesmo nada. A mais velha queixa-se diariamente por ter de vestir casaco e camisolas de manga comprida. A mais nova, faz lembrar a irmã há uns anos atrás, anda constantemente a arregaçar as mangas.

Eu ainda não fui capaz de calçar uns collants. Ando de calças há muitos dias e já estou farta.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Fim de dia

Finalmente dormem. Hoje um pouco mais tarde que o habitual porque estou sozinha e houve um desvio ao programa estipulado.

Porém, o dia não acabou sem que a Beatriz o fizesse lembrar por mais alguns dias. Mais uma queda, mais um galo na testa.

Da Inês. O segundo casaco ficou na escola. Mais um. Amanhã vai um terceiro. Quanto apostam como não traz o trio de volta...

Apetece-me ir atacar chocolates. Não tenho.

Até via um filme. Mas sozinha não me apetece.

Se calhar vou mas é dormir.

Bom dia?!

Não tenho propriamente bom acordar. Não gosto de acordar. Acordo quase sempre com uma neura daquelas. Num dia em que uma acorda toda molhada e a outra (ainda) mais rabugenta que o habitual e não colaborando nada, imaginem só.

Estive capaz de as mandar janela fora (salvo seja). Depois de a muito custo (e algumas birras) as conseguir vestir e, enquanto tento fazer-lhes o pequeno almoço, levo com a Beatriz a pedir colo agarrada às minhas pernas e a choramingar uma ladainha insuportável (mãe colo, mãe colo, mãe colo, mãe colo...) e com a Inês a brincar com o nestum em vez de o comer.

E mandá-la escovar os dentes e ouvi-la sempre a falar (sozinha, claro)? "Inês, como lavaste os dentes se estiveste sempre a falar ou cantarolar?". "Eu calei-me um bocadnho" - responde-me ela. "Vai lavar os dentes outra vez!"

Não te esqueças do casaco. 
Olha a mochila!
Não te esqueças que logo tens que trazer dois casacos, o que deixaste lá ontem e o que levas hoje.
O pão é para comer todo.
Se estiver fresco durante o intervalo, veste o casaco. Nota-se muito que ela odeia casacos?
Vê se almoças em condições, é para comer tudo.
Porta-te bem.
Diverte-te!

A resposta é sempre a mesma: está bem, mãe. - ler pausadamente, com ar pesado e enfadado.

Mãe também pode fazer birra?! Também quero!

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Não me faltava mais nada

Como sobreviver sem a máquina de lavar roupa?

Anteontem fez um barulho assustador ao centrifugar, parecia que ia explodir. Ontem chegou o diagnóstico: provavelmente tambor partido. Só abrindo se tem a certeza. Mas pelos vistos, só a abrir (e desmontar a máquina quase toda) é já uma pequena fortuna, fora todas as peças que seriam necessárias.

Pedir orçamento (sendo que só isto, mesmo não avançando com a reparação, ficaria sempre por não menos de 100 eur) ou comprar já uma nova?

Ai! O fim de semana à porta e o cesto da roupa suja já mais que cheio... tenho que resolver isto hoje.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Recomeços

Começo da semana. Uma semana diferente, com rotinas diferentes e com o retomar de tantas outras. 

Não gosto especialmente desta época. Início do ano lectivo, o verão a acabar, o frio a chegar (felizmente, ainda não, mas não há-de ser por muito tempo), os dias cada vez mais curtos, enfim, não sou fã.

Recomeço com as ementas semanais que me ajudam a organizar as refeições e poupar tempo. Acabaram-se os almoços e jantares fora de horas, as saídas durante os dias de semana, o deitar tarde e o dormir mas um bocadinho de vez em quando. Agora, entramos todos "na linha". 

Vou definir horários (de banhos, brincadeira, refeições, deitar....) e tentar cumpri-los para que tudo corra bem. Já não nos podemos permitir a um (ainda que pequeno) atraso de manhã.

Tem que ser. E o que tem que ser, tem muita força!