Coerência

É, no mesmo dia em que me queixo por ontem não ter comido farturas (é o que dá ir à festa depois de almoço - de barriga cheia, não pode ser!), ser o dia em que compro isto e me estreio nesta coisa do alternativo mais saudável e com menos calorias.

Ementa semanal #1

Ok, então cá vai a ementa desta semana. Aviso já que faço pratos simples, uns mais saudáveis que outros, vou tentando variar. Não serve isto de modelo de alimentação para ninguém, é simplesmente a nossa.

Vou colocar apenas os jantares, os almoços em casa são geralmente sobras de outros dias ou algo rápido, não digno de registo.

A Beatriz come sempre antes a sopa dela, quase sempre reforçada com carne ou peixe, e depois petisca da nossa, às vezes come muito outras vezes mal lhe toca. A Inês come sopa de legumes, às vezes, se sei que a comida é do agrado dela e comerá bem, é dispensada.

Segunda - Frango estufado com esparguete e salada de alface
Terça - Bacalhau à Brás com salada de tomate
Quarta - Lasanha com salada de tomate (fugimos à ementa- o pai trouxe a lasanha)
Quinta - Lombo de porco assado com arroz basmati e salada.
Sexta - Arroz de peixe.
Sábado - Bifes de frango do campo grelhados com feijão preto e arroz.
Domingo - Sopa e tostas de tomate e oregãos.

A sobremesa é fruta (eu como pouca, shame on me), raramente se come doces, às vezes queijo com marmelada. 

Revolução I

Sei que não resulta com todos/as ou em todas as casas mas, por cá, foi uma autêntica revolução: elaborar uma ementa semanal. Ok, posso estar a exagerar um bocadinho, mas é verdade que ajudou muito.

Agora ao fim de semana faço a ementa para a semana seguinte e, ao mesmo tempo, faço a lista de compras que vou precisar essa semana. Ao escolher a ementa tenho em conta o que tenho em casa. Tentamos ir fazer as compras um dos dias, ou vou na segunda feira. Não compro nada que não precise, cinjo-me à lista.

O drama das 19h desapareceu. Sei sempre o que vou fazer e ponho logo mãos à obra, não fico meia hora de volta do frigorífico e congelador. Temos conseguido jantar mais cedo e tudo. 

Claro que há sempre aqueles dias em que se salta um dos menus. Ou porque não nos apetece, ou porque vamos jantar a casa de alguém, ou vamos buscar comida fora, etc. Não é uma ditadura. Mas, ainda assim, vale a pena.

O drama das grainhas

A mais nova comia tão bem uvas com casca e grainhas (comia a casca mas cuspia as grainhas). Até que o pai se lembrou de descascar as uvas,  limpar de grainhas e dar à pequena. Pois que esta mãe agora vê a sua vidinha a andar para trás. A princesa do pedaço deixou de aceitar as uvas inteiras. Faço autênticos contra-relógios para conseguir descascar à velocidade que ela as come. Se não levo algumas de avanço, estou bem tramada, estende-me a taça e reclama: buva!

Agora é que vão ser elas

A mais nova fez hoje uma grande descoberta.

Provou o conteúdo dos, até então misteriosos, pacotes de leite da irmã. Parecia ter descoberto um tesouro, o leite achocolatado. A irmã é que está tramada, tem agora uma forte concorrente.

Farinha de pau

Um dos manjares preferidos da mais nova. A esta "sopa" ela não costuma virar a cara, vai num instante.

Esta está alaranjada porque coloquei cenoura mas, normalmente, faço assim: refogo, ligeiramente em azeite, um pouco de cebola bem picada. Junto uma posta de peixe previamente cozida e esmagada, um dente de alho picado e umas folhas de salsa, tempero com sal e deixo refogar um pouco. Junto água (a olho), deixo ferver e vou juntando a farinha de mandioca aos poucos enquanto mexo, até engrossar.

De vez em quando junto um legume. Neste caso juntei cenoura ralada. Também já experimentei com brócolo (sem o caule) e couve flor, mas a cenoura resulta melhor.

Alguém vende?*

A Inês diz que não gosta de ovo. Há muito que não come.

Hoje, em SOS doméstico (nada pronto a cozinhar), fiz-lhe esparguete com ovo estrelado.

Hora e meia à mesa. Seiscentos e nove: "come Inês!", trezentos e quarenta e cinco: "senta-te direita!", novecentos e vinte e quatro: "vais ficar de castigo!" e outras centenas de avisos e ordens. 

Ao fim disto tudo, quase a terminar:

- Mãe, afinal gosto deste ovo. Eu estava a tapar o nariz nas outras vezes, mas agora destapei e até gosto do sabor.

E a minha paciência*, como a recupero?

Água

Dar água da torneira (não fervida) a partir de que idade?

Cá em casa bebe-se praticamente só água mineral mas, não é raro, a Inês ir buscar (à torneira) água para beber sem pedir. Sei que na escolinha também bebia e nunca lhe fez mal. Mas nunca houve essa da transição de forma consciente. Ontem deu à irmã.

Alergia aos morangos

A Beatriz há várias semanas, talvez um mês ou dois, que andam com umas borbulhas pequeninas pelo corpo. Quase sempre nas costas mas também já apareceram nas pernas e no rabinho. Tanto apareciam como desapareciam.

Primeiro pensei que fosse do gel de banho, o dela tinha acabado e andava a usar o da irmã. Depois pensei que fosse do calor mas as zonas onde aparecem não é zona de transpiração. Entretanto os mosquitos atacaram-na e  andou com as pernas e braços marcados, quase não dava para distinguir as borbulhas das picadas. Tentei ver se seria alguma reacção alimentar, mas como ela quer provar tudo e nos arranca da mão/prato o que estivermos a comer, perco um pouco o controlo. Podia ser muita coisa.

De repente fez-se luz! Será dos iogurtes e boiões de fruta que contêm morango? Na semana passada não lhe dei nada com morango e andou sem borbulhas. Ontem dei-lhe um boião de (multi)fruta que continha morango e hoje lá estavam uma meia dúzia de borbulhinhas nas costas.

Está visto, nada de morangos para os lados da Beatriz.

É de aproveitar enquanto dura

O prato preferido da Inês, esta semana, é peixe com batata cozida, bem regadinho com azeite. A Beatriz também come muito bem. Por isso, deixa aproveitar enquanto dura esta onda de gula saudável.

Coisas fantásticas de se viver aqui na "aldeia"

Peixe fresco (acabadinho de chegar do mar) de manhã cedo, entregue em casa.

Hoje temos pescada, para fritar para nós e para açorda ou farinha de pau para a Bia.

Amanhã, ao almoço, o menu será umas sardinhas assadas com pimento.

Leitinho

Finalmente aceitou o biberão. Foram 13 meses sem os usar (só mesmo os pequeninos para a água), até pensei que já não ia acontecer.

Há alguns meses que noto que o meu leite não chega, não a satisfaz, mas nem assim ela aceitava beber outro leite. Fui compensando com papa ao pequeno almoço e ao lanche e, de vez em quando, antes de deitar.

Na semana passada acordou de noite a chorar bastante, mamou mas continuou irrequieta e a chorar (normalmente mamava e acabava por adormecer). Continuava a procurar mama mas depois não queria (ou não havia). Experimentei aquecer leite (de vaca) no biberão. Ela estranhou, ficou a olhar para ele como quem diz, mas isto não é água, mas acabou por ceder e bebeu 150ml de leite. Acalmou e adormeceu. Eu nem queria acreditar.

Nos dias seguintes fui tentando dar ao deitar, nem sempre quis. Mas se acordava durante a noite, bebia. Agora já vai aceitando quase sempre embora haja alturas em que prefere o da mamã. Tem bebido cerca de 200 ml, não sei se é muito ou pouco, é o que lhe apetece.

Penso que a amamentação estará a terminar. Confesso que é ideia que não me incomoda mesmo nada, já estou um pouco cansada. Aliás, todo o desenrolar da amamentação foi ditado por ela, nunca por mim (pelo menos a partir de certa altura). Nas fases mais criticas, com baixas de produção, bem tentei introduzir LA mas ela nunca aceitou e assim fomos superando essas fases. 

Coincidência ou não, anda numa fase de dependência crónica. Só quer colo da mãe. Não me pode ver afastar que começa a chorar. Passa os dias agarrada às minhas pernas.

Ah, quando bebe o leite pelo biberão ao deitar, dorme tão bem (neste caso, tão mal) como nos dias em que bebe leite materno. O mau dormir não é fome, é mesmo mau feitio.

Gulosa

Hoje a Inês estava a comer o seu Nestum ao pequeno almoço e a Beatriz começou a pedir. De pé, agarrada às pernas da irmã e a fazer papapa com a boca. Dei-lhe a provar. Gostou e continuou a pedir.

Fiz um prato para ela. Estreou-se com o leite de vaca já que o Nestum é feito com leite. Vamos lá ver (espero que não se veja nada) se há reacção.

Antes já tinha visto o pai a comer uma banana e lá estava ela com aquele olhar guloso e de língua de fora a pedir para comer também (e comeu um pedaço). Não nos pode ver a comer nada, quer provar tudo. Eu ADORO, a Nini nunca foi assim.

O sono venceu!

Há dias estava a passar a sopinha dela, a colocar em copinhos para guardar e no prato para arrefecer. Quando olho para trás, estava assim:

Água

Pelo que tenho ouvido, um tema controverso na pediatria. 

O pediatra das minhas não aconselha água nos primeiros meses. Enquanto os bebés são amamentados em exclusivo, não aconselha mesmo. No caso do aleitamento artificial também não incentiva. Pelo menos em bebés como as minhas, que nunca foram grande coisa para comer. Para além de aumentar cólicas, causar distúrbios na digestão, faz diminuir o apetite.

A partir dos 6, 7 meses diz para ir dando a conhecer,sem que haja muita necessidade que beba (não estou a considerar condições extremas como febres, calor intenso, etc) que a quantidade de água nos alimentos é suficiente. 

A Inês foi uma chatice para começar a beber água, começou pelos 7 meses porque era verão, estava calor, mas ela não queria. Começou por beber à colher depois lá aceitou água no biberão. Nunca às refeições! Aliás, na escolinha dela, ninguém bebe água à mesa. A água é oferecida sempre nos intervalos das refeições. E é assim que deve ser.

Com a Beatriz, a coisa tem sido diferente. Como ainda bebe leite materno, nunca achei necessário insistir. Já lhe dei à colher, cuspiu, já lhe dei em copo, acha piada à brincadeira mas bebe pouco, e no biberão, até hoje trincava a tetina, brincava com o biberão mas não bebia. Hoje voltei a dar-lhe. Enganei-me no biberão, dei um que estava guardado, um com uma das muitas tetinas experimentadas, de silicone. Pela primeira vez, sugou no biberão em vez de morder. Por breves instantes, deu uns 3 ou 4 goles, mas deu.

Verão, meu amigo, podes vir à vontade que a minha bebé já não desidrata!

Uma questão de igualdade?

Estou eu na cozinha (às vezes tenho a sensação que estou sempre na cozinha, bolas!), as meninas na sala.

Acabei de dar um pão com manteiga à Inês que foi comer para a sala porque está a dar uma coisa mesmo muito importante no Panda. Começo a ouvir a Beatriz chorar. Chorar não, gritar. Vou a correr a pensar que se tinha magoado.

Chego lá e está sentada sem problema nem razão aparente para tal pranto.

Que se passou Nini?
Acho que ela quer o meu pão.


A pequenita continuava a chorar desesperada. Corro à cozinha e trago um pedaço de pão.

O choro, parou de imediato. Os olhos até brilharam. Agarrou-se ao pão como se não comesse há quinze dias.

Pois é, Nini. Era mesmo isso!


Falha minha. A minha mãe sempre me disse que o que se dá a um, dá-se a todos.

Eu, mãe desnaturada, me confesso.

Queria que a minha filha gostasse de comida de boião.

Quando formos de férias ela terá apenas 13 meses. Ainda vai precisar de sopa passada, sem ou com muito pouco sal e reforçada com carne ou peixe. Não sei se vou conseguir que o hotel me faça isso (já mandei e-mail a perguntar). De qualquer forma levarei iogurtes (aqueles que, mesmo não sendo os mais saudáveis, são práticos por não necessitarem de frio), farinhas lácteas e boiões de fruta. Ora, se ela gostasse, ia um carregamento de comida em boião e não se pensava mais nisso. Se o hotel lhe fizesse sopa, óptimo, se não estaria resolvido.

Mas já experimentei vários e não come nada. Dá-lhe vómitos.

É tão diferente da irmã. A Inês nas suas primeiras férias só comeu sopas de pacote e não foi por eu querer! Fomos para apartamento propositadamente para eu lhe poder fazer sopa e ela fechou a boca à sopa da mamã e passou aqueles dias a comer umas horríveis e malcheirosas sopas de pacote.

Vamos lá ver como se resolve o "problema". Fome a miúda não irá passar de certeza, pode é começar cedo a comer uns bifes com batatas fritas!

A história repete-se...

Quando eu era pequena comia tão bem que os meus pais acendiam fósforos para eu me distrair e abrir a boca.

Ontem, em desespero com a Beatriz (que até come bem comparando com a irmã, mas está doente...) fui buscar um isqueiro. Acendia com uma mão e enfiava a comida com a outra.

Pena que só resultou na primeira refeição...

Sopa de peixe

Hoje o menu do almoço da bebé Beatriz foi sopa de peixe:
batata doce, cenoura, brócolos, arroz e pescada.
Comeu muito bem!

A partir de agora o esquema alimentar vai ser:
(o horário pode variar um pouco, meia hora para trás ou para a frente e ela nunca come grandes quantidades por isso o intervalo entre refeições nunca pode ser muito)
08h00 Mama (às vezes dou-lhe um bocadinho de papa passado uma horinha nos dias em que mama mais cedo)
11h00 Sopa de carne e fruta
14h00 Papa e/ou mama
16h30 Iogurte com fruta e/ou bolacha maria
19h30 Sopa de peixe e fruta
22h00 Mama
Durante a noite.... Mama!

As festas e o peso

Pois, já sei, é mal geral. O que vale é que eu nem me peso. Mas noto na roupa, nas calças, ficam logo mais justas.

Uma das" maravilhas" da gravidez da Beatriz foi por-me gulosa (isso e passar a gostar de salada de tomate). Eu que não ligava nada a doces agora há dias em que me apetece mesmo uma bomba calórica como um petit gateau, um (se fosse só um) ferrero rocher ou algo do género. 

Resolução para 2011: continuar a tentar fazer uma alimentação equilibrada. Ficar mais saudável e como bónus, em forma :)